Como as empresas devem adotar as práticas de Lei de Cotas para PCDs, sem causar discriminação?
Há muito existe um discurso referente a Lei de Cotas para PCDs e inclusão de surdos nas empresas ou até mesmo de outros tipos de deficiência, caracterizado por vários movimentos e lutas em busca de um direcionamento contundente para que possam garantir seu lugar na sociedade.
Sabemos que a inclusão está relacionada aos direitos fundamentais, e que deveria ser para todos, com todos e que nenhum fique para trás, afinal, a Lei de Cotas para PCDs oficialmente chamada de Lei de Cotas (art. 93 da Lei nº 8.213/91), determina que empresas com cem ou mais empregados devem preencher uma parte dos seus cargos com pessoas com deficiência, muitas dessas vagas não são preenchidas, além disso, é muito claro e notório que o mercado de trabalho para pessoas surdas ainda é bastante limitado e nada inclusivo.
Ainda hoje, a falta de informação e a constante forma de pensamentos capacitista aumenta todos os desafios que nós surdos ou deficientes auditivos enfrentamos, pelo simples fato de que as empresas ainda consideram a comunicação uma forma “complicada” de lidar.
Os desafios começam na falta de formação e isso aconteceu por falta de acessibilidade no processo educacional; raramente encontramos tradutores e intérpretes de Libras nas empresas nos processos seletivos, inviabilizando a comunicação; as empresas não investem em tecnologias assistivas; e o maior dos problemas é o capacitismo, pois a empresa já contrata acreditando na incapacidade do surdo realizar algumas atividades.
A grande verdade é que qualquer profissional pode trabalhar a inclusão de pessoas surdas nas organizações e não precisa ter expertise no assunto:
Informe-se sobre pessoas surdas, entenda a diversidade, saiba mais sobre a cultura surda e o que o seu candidato traz além da sua característica de ser pessoa surda.
Lembre-se o ambiente corporativo pode ser cruel e criar vínculos buscando alternativas para comunicação pode trazer grande alívio para a pessoa surda.
O WhatsApp veio para revolucionar a vida dos surdos, use mensagens, ainda que a comunicação ou a forma de escrever seja “estranha”, busque conhecimento sobre a gramática em Libras, tudo pode ficar um pouco mais fácil
Facilite a leitura labial, expressões faciais – não tenha medo de fazer “caretas”, fale devagar e articulado, fique de frente.
Não pratique o capacitismo, a nossa capacidade de aprendizado e evolução não é comprometida pela deficiência.
Contrate intérprete de Libras para a entrevista, isso permitirá que você conheça melhor seu candidato.
A Conecte Libras desempenha um papel fundamental na quebra dessas barreiras e na busca pela inclusão plena de surdos nas empresas. Com seus serviços de interpretação em Libras e recursos de acessibilidade, eles capacitam as empresas a promoverem um ambiente verdadeiramente inclusivo. Ao contratar um intérprete de Libras para a entrevista e se informar sobre a cultura e diversidade surda, as empresas demonstram seu compromisso em superar preconceitos e capacitar seus colaboradores de forma igualitária.
É importante lembrar que a inclusão não deve ser apenas uma responsabilidade legal, mas sim uma mudança de mentalidade em prol da igualdade e valorização das habilidades de cada indivíduo. A Conecte Libras está à disposição para apoiar as empresas nesse processo, fornecendo as ferramentas necessárias para a promoção da inclusão efetiva e para quebrar as barreiras que ainda existem.
Juntos, podemos construir uma sociedade mais inclusiva, onde ninguém seja deixado para trás. Reflita sobre as oportunidades de inclusão que estão diante de nossos olhos e tome medidas para garantir que todos tenham as mesmas chances de contribuir e prosperar, independentemente de suas habilidades auditivas.
Entenda, essa forma “sofisticada” de exclusão está presente na sociedade atual, não somente no mercado de trabalho, e de forma sutil a segregação está ressurgindo dos velhos tempos. Caso não houvesse aspectos legais na garantia de direitos, a sociedade promoveria a inclusão de forma espontânea?
Algo a se pensar. Ou de fato a exclusão “sofisticada” acontece na frente dos nossos olhos?
Reflita!